terça-feira, 28 de maio de 2013

QUERO SER MAGRA...

Infelizmente a cabeça de gorda está aqui, muitas vezes gritando pra se libertar, muitas vezes tomando café e pensando já no almoço ou no jantar.

Não gosto muito dessa coisa de guerreira, de lutadora, acho meio She-ra, mas de certa forma travamos sim uma luta, na verdade, uma luta diária contra nós mesmos, porque a gastroplastia é o pontapé inicial, é a bengala, mas passa o tempo e somos nós por nós mesmos.

Quando estava perdendo peso eu conseguia me sentir mais pressionada, me sentia na obrigação de perder peso, queria chegar a meta médica, à minha meta pessoal, então tinha o entrave com balança, tinha toda a expectativa do que eu iria perder em uma semana, de quando chegaria à meta, ou ao tão sonhado IMC ideal.

Então a meta chegou, a balança parou, não há mais o que perder. E agora? Como será daqui pra frente? Foram os meus pensamentos, pois inúmeras vezes fiz dietas, em algumas cheguei ao peso que queria, porém era chegar ao peso e começar a história de que só hoje pode o doce, só hoje pode a pizza, só hoje pode repetir. Emagrecia o corpo, entretanto, a cabeça de gorda sempre presente.

Não quero cometer o mesmo erro, não quero ser gorda, não me aceito gorda, mas é um risco, já que não operamos a cabeça. Policiar o que come, entender que TUDO não deve ser  necessariamente levado ao pé da letra e que deve ser a exceção realmente não é um desafio fácil pra quem sempre encontrou na comida uma grande aliada.

Comer por está feliz, comer por está triste, comer porque é gostoso, comer porque viu alguém comendo, comer porque é bom, enfim, comer por comer é o que a maioria de nós fazemos e temos como resultado a obesidade e agora sinto que estou na fase mais difícil pra mim que é aprender a me manter magra, ou melhor, aprendendo a pensar magro.

O tempo passa e os entalos somem ou são praticamente escassos, o dumpping que já não era frequente vai cada vez mais embora, a fome aumenta, o estômago se habitua a comer mais e aí vem aquele frio na barriga, aquele medo de errar de novo.

Mas nessa briga alguns fatores tem ajudado muito a manter o foco, como olhar o antes e depois, como me olhar no espelho e reconhecer uma imagem que eu gosto, como abrir o armário e pegar uns jeans 36 sabendo que vai caber como uma luva, ver os resultados dos exames satisfatórios, realizar pequenas atividades que antes só de pensar cansava.


Talvez eu nunca aprenda efetivamente o que é pensar magro, mas estou tentando.

Um comentário:

  1. Nossa amiga, vc sempre escreve exatamente o que eu penso... Me identifico muuuuuuuito!!!!! Bjusss

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