sexta-feira, 17 de agosto de 2012

1 ANO DE GASTROPLASTIA, UMA NOVA EXPECTATIVA

Hoje acordei e pensei: Nossa! Parabéns pra mim, 1 ano de gastrro. E aí em seguida me veio o melhor pensamento: Obrigada Senhor por tudo!

Passa rápido? Nem tanto, mais é uma caminhada que vale a pena, que tem altos e baixos como tudo na vida. Há exatamente um ano eu estava jogando muitas fichas no sonho de uma vida com mais saúde, no sonho de está magra, no sonho de me sentir VIVA.

Acompanhei o processo do meu marido (2 anos e 8 meses), depois o da minha irmã (2 anos) e a cada ida a consultório, a cada pesquisa pela net, a cada consulta ia cada dia tendo a certeza de que esse era um caminho a tentar. Isso, TENTAR, porque não há certezas, afinal.

Medo? Tinha todos os medos possíveis, de morrer na cirurgia, de não emagrecer, de ter complicações pós-bariátrica, de não consegui seguir todas as orientações da dieta líquida, de emagrecer demais, enfim, um turbilhão de dúvidas, medos e sensações. Mais mesmo assim segui em frente.

Operei com pouco mais de 96 kg, tendo um IMC de 38,5 para o alto de meus 159 cm, com comorbidades que que já citei em outros posts, como  um fígado a beira de uma cirrose, problemas ósseos (coluna e pés), pré-diabetes, esofagite grau III e gastrite e uma autoestima zero. Mais mesmo assim muita gente olhava e dizia: Aí, você nem parece tão gorda! Nossa! Faz uma dieta que tá bom.

Meu Deus! fiz inúmeras dietas, tomei  inúmeros remédios que só acabaram com meu estômago, tentei durante muito tempo qualquer ação "milagrosa" que ensinassem e até mesmo tratamento ortomolecular. Em todos os tratamentos perdia e com o tempo voltava. Definitivamente, cansei.

Em alguns momentos chorei sim pelos entalos, engasgos, em outros me desesperei pelo platô, e em muitos outros me questionei se era o certo quando batia o Dumpping. Porém, afirmo categoricamente que para mim VALEU CADA MOMENTO DO PROCESSO.

Cheguei à meta da equipe médica aos 9 meses, foram um total de 38 kg eliminados faltando apenas 1 para  minha meta pessoal em que ficarei com 57 Kg para ir para as plásticas.

Há prós e contras? Lógico, impossível haver perfeição, por exemplo terei que retirar a vesícula na segunda-feira (o que acontece em cerca de 20% dos gastroplastizados devido ao emagrecimento rápido), tem a flacidez que incomoda demais, o dumpping de vez em quando, a preocupação constante com uma possível anemia, mais nada que coloque os prós em escala de igualdade, porque hoje eu posso brincar com os meus filhos, meu fígado ainda tem esteatose mais leve, provavelmente nunca desenvolverei diabetes, minha coluna agradece, minha depressão foi embora, posso vestir o que gosto, risco de doenças cardíacas praticamente zero, então realmente só tenho a agradecer.

E por falar em agradecimentos, à equipe que me acompanha nota 10,  a minha família e amigos que deram força, mais ao meu marido devo todos os agradecimentos possíveis e cabíveis, pelo apoio, pelo cuidado, pelo carinho e pelo amor dedicado.

O que não posso esquecer é que a cirurgia não é um MILAGRE, estou magra, porém Obesa, pois  esta é uma doença sem cura. O esforço agora é manter o peso, continuar me reeducando a cada dia, pois não é fácil deixar de cair em tentação, reaprender a comer, tirar a comida do foco.

Comer é bom e com exceção de água, tudo engorda sim, mais é fundamental o acompanhamento médico e toda ajuda que se puder ter ter nessa caminhada. A cada dia busco meu equilíbrio e de pouco em pouco consigo superar as dificuldades contra a balança.







E VIVA A GASTROPLASTIA!

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