segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Para sair do platô

Além de entalos, engasgos, dumpping, o tal efeito Platô é um termo comum no meio gastro e que deixa  todo mundo assutado.

O platô é o estacionamento do peso, ou seja , é quando a balança simplesmente resolve que não vai mais mexer seus ponteiros, é quando o corpo chega e diz que está bom e pronto. Portanto, não é mérito apenas de bariátricos, ocorre ou pode ocorrer para qualquer mortal que resolva fazer uma dieta de perda de peso.

Em via de regra, o platô ocorre quando há perda muito rápida de peso. Isto porque para perdemos peso temos que reduzir a ingestão calórica e aumentar a queima de gordura, e ai chega um momento que o metabolismo " se protege disso" porque estava acostumado a receber uma quantidade enorme de comida e de uma hora pra outra tem a redução desta quantidade e daí ele sente a necessidade de estocar gordura.

Então a pergunta seria o que pode ser feito para evitar esse efeito?


1- Primeiro avaliar se realmente está fazendo tudo certo, porque uma coisa é o organismo começar a metabolizar mais lento ou se habituar a dieta e outra coisa é cometer gordices vez por outra prejudicando a perda de peso , até mesmo chegando a ganhar e acreditar que é platô puro e simples.

2- Não deixar de lado o acompanhamento nutricional, porque a medida que o organismo vai ficando mais lento a nutricionista vai ajustando a dieta, trocando para o organismo não se habituar, ou se está no platô ela pode planejar algo para dar um choque no organismo.

3-Não pular refeições ou mesmo comer a menos que foi indicado pela nutricionista.


4- Atividades físicas em excesso também podem atrapalhar,porque até exercício tem que ser na medida.

5- Hidrata bem o organismo, pois não tomar água em quantidade suficiente obriga o organismo a reter dos alimentos.

6- Verificar se tem alguma disfunção hormonal.

Um ponto que vale lembrar é que platô o peso estagna, portanto, perder lentamente não é platô. A medida que vamos perdendo peso , que o tempo vai passando vamos mesmo perdendo mais lentamente, muitas vezes chegando ao ponto de perder 500g somente ao mês. Para considerar o platô é preciso não perder nada durante dias ou meses, ficar com  o peso estabilizado de fato.

Outro ponto é que tem que avaliar se não houve na verdade a troca de gordura por músculos, pois as vezes o peso está o mesmo porém não é que não houve perda, mas pode ter havido a troca, o que é bom.

Assim , resumindo a reposta para evitar o platô, deve-se modificar constatemente a quantidade e a qualidade da dieta e dos exercícios.



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Obesidade é uma escolha?

Na vida a maioria das coisas partem de escolhas. Escolher estudar, escolher trabalhar, escolher casar, escolher ter filhos, escolher onde morar, escolher os amigos, escolher o que vestir, escolher o que comer, escolher onde ir, enfim , são muitas e muitas escolhas e a obesidade entra nesse rol.

Parece estranho, louco, mas é bem isso. A obesidade em geral é consequência de escolhas, seja diretamente ou não. 

Quando somos crianças dependemos dos nossos pais, são eles quem escolhem o que podemos ou não comer ou fazer, são eles que nos dão as orientações iniciais de como viver, do que é bom ou ruim. Muitas  muitas vezes para agradar nos são permitidos guloseimas mil, muitos acham ainda hoje que criança saudável é que tem bochecha fofinha. E nem é maldade, ou irresponsabilidade total, mas má alimentação na infância tem consequências.

Se somos adultos somos nós quem escolhemos o que comer e o quanto comer , somos nós que gerenciamos nosso corpo, somos nós que optamos ou não pelo sedentarismo, somos nós que somos responsáveis e se não houver equilíbrio as consequências aparecem. 

Então é certo afirmar que escolhemos ser gordos ou escolheram por nós (nos casos de obesidade infantil)? Escolhemos ser doentes? Escolhemos ter limitações?

Esta não é uma resposta simples. 

Apesar de no geral a obesidade entrar no quesito escolha quando consideramos que engordamos porque escolhemos errado o que comer e a quantidade do que se come, há outros fatores que fazem parte do processo de engordar, da perda de controle sobre o peso como alguns problemas genéticos que alteram o metabolismo e influenciam no ganho de peso e na dificuldade em perder, assim como fatores psicológicos que levam aos distúrbios alimentares. 

Entretanto, geralmente quando as pessoas dão conselhos a nós obesos , com suas fórmulas mágicas, sempre acreditam que todos são gordos porque querem, por preguiça, porque não fecha a boca , simples assim.

Então, qual a verdade em afirmar que a obesidade é uma escolha?

Na parte que tomamos consciência do problema, porque independente do motivo que levou a obesidade é escolha de cada indivíduo permanecer nela ou não. 

Em muitos casos, senão a maioria, as pessoas começam a engordar e nem se dão conta, daí passam 5, 10, 20 quilos do peso ideal e não vêem mudança na imagem, continuam engordando, engordando e quando se dão conta a obesidade mórbida já bateu na porta, os estragos a saúde já são grandes e alguns até irreversíveis.

O certo , o ideal é que aprendêssemos desde cedo a comer certo, a tomar gosto por exercícios, a ter um equilíbrio que nos desse uma boa saúde, mas se não conseguimos antes, se tivemos nosso problemas, se tivemos nossas escolhas erradas e chegamos a obesidade não significa que temos que permanecer nela. 

Fez dieta da lua, dieta do chá, dieta da sopa, dieta da meia suja, seja la qual for a dieta mirabolante e não deu certo e decidiu pela gastro, isso não fará de ninguém menos esforçado em tentar reverter as consequências de escolhas erradas. 

A gastro não é parque de diversão, mas é uma opção pra quem acredita que pode fazer novas escolhas. 

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