terça-feira, 7 de maio de 2013

UMA NOVA CHANCE APÓS REGANHO DE PESO

Se submeter a gastro pelo menos para a maioria é uma opção difícil, pois  requer um bom preparo, requer uma consciência de que as mudanças para serem efetivas precisam de muita força de vontade, de foco, de persistência. Entretanto, a possibilidade de reganho de peso é uma realidade, e se escolher operar já tem riscos, imagina só uma, duas reoperações?

Normalmente quando se vê por aí pessoas que ganharam peso novamente após a bariátrica a primeira ideia que se tem é que a pessoa foi irresponsável ou que pelo menos tem falta de amor à vida, mas como tudo na vida, cada caso é um caso e precisam ser devidamente avaliados. 

A medicina tem um certo consenso de que com o passar do tempo pode-se ter um ganho de peso após a bariátrica, considerando uma margem de até 10% do peso perdido, porém, cada vez mais vemos casos de reengorda além deste percentual, existindo mesmo casos de reengorda total que de acordo com algumas pesquisas tendem a ocorrer entre 5 e 10 anos após o procedimento, chegando a 20% de casos de pacientes operados que reengordam. 

E o que leva alguém a se descuidar ao ponto de reengordar tudo o que perdeu? O que deu errado? E, principalmente, o que fazer?

A reengorda normalmente está ligada diretamente a não reeducação, a falta de consciência de que a cirurgia não é o milagre, contudo, há também os casos de erros médicos, há os casos em que os distúrbios alimentares vencem, há os casos em que há alargamento da anamastose, enfim, pode-se achar fatores diferenciados para a reengorda. 

Mas, uma coisa é bem certa, seja 100% culpa do paciente, ou erro na cirurgia, se a pessoa começa a aumentar de peso é importante buscar solução antes que o caldo entorne de vez, pois se aumenta além do esperado porque então não buscar logo ajuda? 

Na maioria dos casos a demora pela busca de solução tem haver com vergonha, com medo das críticas, com a baixa autoestima, com a sensação absoluta de fracasso.

Lógico que da mesma forma que não é simples escolher operar, também não é simples mudar hábitos de uma vida inteira, assim como não é fácil reconhecer que errou, mas é preciso. Só que depois do leite derramado uma boa parcela dos que engordaram novamente continuam buscando soluções milagrosas incluindo aí uma nova cirurgia.

O primeiro passo para correr atrás do prejuízo é buscar ajuda psicológica, investigar o que levou a falta de controle, tratar a compulsão alimentar e juntamente a isso buscar o acompanhamento nutricional adequado preferencialmente associado a atividade física, ou seja, fazer aquilo que não fez quando operou. 

Porém, quando o reganho de peso é extremo muitos buscam mesmo é reoperar acreditando que será a solução, acreditando que será diferente, o que pode ser um grande erro. 

Os riscos de reoperar incluem desde o risco cirúrgico em si, quanto a maior perda de nutrientes, e principalmente, o risco de não alcançar o objetivo pois não é a cirurgia que vai mudar, a reoperação não vai ser na cabeça. 

Na reoperação dependendo da técnica utilizada se faz uma alteração, por exemplo, se fez sleeve e não deu certo, faz o desvio intestinal ficando um mix de sleeve com by pass. Se a técnica é o by pass pode reduzir mais o estômago, diminuir mais o intestino. E seja qual for a alteração o fundamental é além de ter um excelente cirurgião, ter todo o acompanhamento psicológico necessário. Para quem sofre com a obesidade a cirurgia é meio que a luz no fim do túnel, e tem evoluído muito, está menos dolorida, menos sacrificante se comparada a 20 anos, mas o lado ruim disso é que com a popularização veio junto a banalização do processo.

Mesmo havendo um excelente acompanhamento pré-operatório obviamente que não significa que haverá 100% de sucesso no pós, mas a probabilidade é bem maior com toda a certeza. Já para quem opera no oba oba o risco de fracasso é praticamente uma carta marcada.

Da mesma forma que muitas vezes buscamos desculpa para justificar a obesidade, o sedentarismo, a má alimentação, após a cirurgia muitos de nós continuamos a buscar desculpas seja para não se adaptar a uma reeducação alimentar, seja para não fazer exercícios e o perigo é justamente essa reengorda.

É preciso ficar em alerta, nos policiarmos e principalmente mantermos um certo grau de medo desse reganho para tentarmos manter o equilíbrio e consequentemente o sucesso com a cirurgia.

Agora se o caldo entornou de vez, é preciso avaliar bem a possibilidade de uma nova intervenção, os riscos e as chances de sucesso.

Mas com a evolução da ciência tem sido possível ter uma nova chance para os casos de reengorda sem necessariamente ter que passar uma nova intervenção cirúrgica, o procedimento chamado de TÉCNICA DE COAGULAÇÃO COM PLASMA DE ARGÔNIO realizado através de endoscopia não havendo necessidade de internação ou mesmo dor.

A técnica tem sido aplicada com sucesso em Curitiba, sendo um procedimento ambulatorial .

ENTENDA A TÉCNICA



VANTAGENS DO NOVO MÉTODO
A coagulação com plasma de argônio é um procedimento minimamente invasivo, pois é feito por endoscopia. É praticamente isento de riscos e completamente bem tolerado pelos pacientes. Não há cortes, nem pontos, nem internamento.

                                                           
COMO FUNCIONA A TÉCNICA
O plasma de argônio ganhou importância no campo da endoscopia digestiva desde a década passada. Esta técnica promove uma termocoagulação da mucosa que recobre a costura entre o estômago novo e o intestino desviado, promovendo a redução do seu calibre. Com isso, o esvaziamento gástrico é retardado e a saciedade alimentar do paciente acelerada.

VEJA OS LINKS ABAIXO COM INFORMAÇÕES SOBRE A TÉCNICA



http://cirurgiaparaobesidade.com/artigo_full.php?id=5
http://www.recestudio.com.br/2012/05/quem-engorda-apos-reducao-do-estomago.html


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